Festa Junina do Pentágono enaltece diversidade das manifestações culturais brasileiras
Alunos apresentam danças, músicas e tradições regionais em evento cultural
No último mês de junho, toda a comunidade escolar do Colégio Pentágono se uniu em prol da diversão e confraternização nas Festas Juninas organizadas em cada Unidade. Além de comidas típicas e brincadeiras, o evento foi marcado por uma série de manifestações culturais realizadas pelos alunos, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.
Cada turma apresentou uma manifestação específica da cultura popular brasileira, trazendo elementos artísticos e musicais relacionados às tradições de diferentes regiões do país. A 34ª edição da Festa Junina – Pé de Moleque proporcionou aos estudantes a oportunidade de se envolverem e explorarem a riqueza da cultura brasileira em suas múltiplas expressões.
As atividades promoveram o conhecimento e a valorização das tradições e diversidades presentes no país. Confira detalhes de cada apresentação:
Educação Infantil
Nas turmas do G2/G3, os alunos trouxeram a tradição dos mosaicos, representando as culturas do Ceará e de São Paulo. Os pequenos criaram trabalhos de papel artísticos e dançaram ao som da “Roda da Carambola”, desenvolvendo o princípio das músicas de roda, de pergunta e resposta, gestos com as mãos e proporcionando suas primeiras experiências performáticas para um público.
No G4, a apresentação foi dedicada às cantigas de roda e ao folclore brasileiro, explorando a pluralidade cultural do país. Partindo da investigação de dobraduras, de experiências com as mais diversas materialidades, os estudantes confeccionaram pássaros de papel e realizaram a manipulação desses elementos durante a música “Sabiá”, de Luiz Gonzaga.
Logo em seguida, os alunos do G5 apresentaram a ciranda, uma manifestação cultural típica de Pernambuco. Após conhecerem o trabalho da Lia de Itamaracá, e ao vivenciarem suas interpretações de “Casa de farinha”, “Ciranda maneira” e “Ciranda do anel”, as turmas apresentaram uma ciranda de roda com as tradicionais mãos dadas, pé pra dentro da roda e muita alegria, que desencadeou em uma ciranda com todos os espectadores.
Já no 1º ano, os estudantes exploraram o Cacuriá, tradição de brincadeiras no Nordeste que foi tema no projeto “Vem cá curiá”. Um momento em que “convidaram” e confeccionaram mamulengos para dançarem apresentando a curiosa manifestação do Cacuriá.
Ensino Fundamental – Anos Iniciais
Os alunos do 2º ano colocaram holofotes nas Congadas e nos estandartes, que retratam personalidades da cultura preta e tem a tradição de revelar ‘Reis’ e ‘Rainhas’, como Chico Rei, Pelé, Maria Carolina de Jesus, Vini Jr. Tudo isso, ao som da música “Tá Caindo Fulô”, de domínio público do interior de Minas Gerais.
Já as turmas do 3º ano trouxe o maracatu, originário de Pernambuco. Nessa manifestação, os alunos produziram suas próprias vestimentas inspirados pelos parangolés do artista Helio Oiticica. Durante a apresentação, os estudantes tocaram e dançaram a música “Maracatu Imperial”, da Nação Pernambuco, com um cortejo e utilizando tambores.
No 4º ano, os estudantes destacaram o coco de roda, uma manifestação cultural do Nordeste, especialmente na região pernambucana. Durante as aulas, eles trabalharam com cerâmica em artes visuais, processo que envolveu o manuseio da argila bruta até resultar em uma forma escultural.
Na apresentação junina, a experiência foi representada em uma performance na qual os alunos dançaram com os pés na lama, simbolizando a ‘pisada do barro’. O resultado final foi uma comovente ‘arte performance’, em que cantaram e dançaram uma releitura da música “Vô embolá”, de Zeca Baleiro.
A festa seguiu com os estudantes do 5º ano, que exploraram o cordel, a isogravura e o baião. A música “Feira de Mangaio” de Luiz Gonzaga embalou a dança, intercalada com Cordéis cantados pelos próprios alunos.
Ensino Fundamental – Anos Finais
As turmas do 6º ano se envolveram com as tramas e fios, criando bonecos com gravetos e interpretando a dança da fita. De origem europeia e presente principalmente no Sul do Brasil, a manifestação envolve o uso de paus com fitas coloridas que os alunos trançaram, representando as árvores.
No 7º ano, a apresentação se concentrou no Vale do Ribeira e nas expressões da cultura popular paulista. Os alunos confeccionaram bonecões e realizaram um desfile com essas representações. Na sequência, as turmas do 8º ano exploraram a dança do bambu e o universo de Mateus e Catirina, simbolizando o boi do Maranhão, embalados pela música do cantor Papete, boi da Lua.
Já os estudantes do 9º ano interpretaram a dança do jongo. A manifestação tem origem no Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, e possui influências africanas relacionadas da região sudeste e sudoeste do país. Neste trabalho, os alunos estudaram Conceição Evaristo, a Cartografia Negra, o racismo estrutural e a importância da cultura preta como patrimônio material e imaterial da cultura brasileira.
Ensino médio
Entre os mais velhos, as quadrilhas juninas foram a grande estrela. Os alunos da 1ª e 2ª série apresentaram a tradicional dança em pares, com os passos comandados por um locutor.
Já nas turmas da 3ª série, os estudantes trouxeram a contemporaneidade em diálogo por meio de uma quadrilha moderna. Eles coreografaram livremente um pot-pourri de músicas da indústria cultural, adaptando a quadrilha tradicional de forma moderna.