Planeta Saudável – Março 2016
Alimentação na adolescência
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência é o período da vida que se inicia aos dez anos de idade e se prolonga até os 20 anos (inclusive), ocorrendo, durante esse percurso, intensas transformações físicas, psicológicas e comportamentais.
Para os adolescentes, a alimentação deve sustentar o crescimento, promover a saúde e ser agradável. Durante a adolescência, existem várias alterações de natureza fisiológica e hormonal, que afetam as necessidades nutricionais. Cinco eventos têm influência direta sobre o equilíbrio nutritivo:
– O início da transformação pubertária;
– A aceleração do crescimento longitudinal;
– O aumento da massa corporal;
– A modificação da composição corporal;
– As variações individuais quanto à atividade física.
Ainda que as necessidades nutricionais sejam influenciadas simultaneamente pelos eventos da puberdade, na adolescência, em especial, a escolha dos alimentos é potencialmente determinada por fatores psicológicos, socioeconômicos e culturais, que interferem diretamente na formação dos hábitos alimentares.
Um hábito comum entre os adolescentes é não realizar refeições, especialmente o café da manhã, e substituir o almoço e o jantar por lanches ou refeições rápidas, compostos principalmente por embutidos, doces e refrigerantes na maioria das famílias. Nesta fase, ao mesmo tempo em que aumenta-se a ingestão de açúcares, sódio e gordura, há simultaneamente uma carência no consumo de frutas, grãos, fibras e produtos lácteos.
Nessa faixa etária, a deficiência de ferro e de cálcio é muito comum e pode resultar em anemia e implicações na saúde óssea.
A melhor forma de evitar o déficit e os excessos alimentares é promover o consumo de uma dieta variada, que inclua porções adequadas de cada um dos grupos principais de alimentos.
Dicas importantes para uma alimentação saudável durante a adolescência:
1. Dar preferência a uma dieta variada, que inclua todos os grupos alimentares, conforme preconizado na pirâmide de alimentos, evitando-se o consumo de refrigerantes, balas e outras guloseimas;
2. Priorizar o consumo de carboidratos integrais ao invés dos simples;
3. Estimular o consumo de frutas, verduras e legumes diariamente (> 5 porções/ dia). A quantidade de sucos naturais, quando oferecidos, não deve ultrapassar o máximo de 240ml;
4. Restringir o consumo de gordura, especialmente a saturada;
5. Estimular o consumo de peixes duas vezes por semana;
6. Controlar a ingestão de sal;
7. Estimular o consumo de cálcio (leites, iogurtes e queijos), permitindo a formação adequada da massa óssea;
8. Reduzir o consumo de refrigerantes e sucos artificiais;
9. Estimular o exercício físico;
10. Estimular o consumo de água.
Por Mirella Pinheiro
Nutricionista, Colégio Pentágono – Unidade Morumbi
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