45 anos – Vitor Cordeiro
Vitor Cordeiro
“Bem… o que dizer desse colégio que eu conheço um pouco? Vivi quase um terço desses 45 anos. Toda a minha vida escolar, dos 2 aos 17. Do maternal I ao 3° colegial.
Confesso que minha memória não é muito boa, especialmente da época de infância. Muitas vezes, eu vejo fotos antigas e não me recordo de ter vivido, mas tudo bem… Minha primeira recordação do colégio é do parquinho do Infantil, naquele espaço entre a Portaria e as salas. Havia um gira-gira, não? Não tenho certeza se é da mesma época da hora do lanche nos bancos em frente às salas do Maternal. Ah, lanchinho, brincadeiras e soneca, bons tempos…
Não esqueço, também, das “sextas do brinquedo”, assim como de algumas festas, principalmente das formaturas. A caravela dos portugueses navegando pelas quadras, a primeira quadrilha da festa junina ou, então, quando fiz meu primeiro discurso para os pais. Pô, nostálgico!
Falo abertamente e com toda a sinceridade que nunca tive vontade de sair da escola. É bem verdade que sempre considerei um ambiente agradável, com um grande número de amigos que partilharam o mesmo caminho, desde pequenos juntos, e com tantos outros que foram chegando até o momento da formatura. Mas eu não tinha motivos para reclamar do colégio.
Excelente nível acadêmico, professores que realmente se interessavam pelo nosso aprendizado, sempre nos estimulando a melhorar e atingir desempenhos melhores. Boa infraestrutura, em particular o “quadrão”… Há pouco descobri por que nunca foi coberto.
Desde março, eu estou experimentando o lado de trás das cortinas. Na época de estudante, a visão da escola parava no professor e, hoje, percebo que, além da parte pedagógica, existem pessoas muito capacitadas, sem o mesmo reconhecimento, mas com a importante missão de sustentar e tornar possível todas as medidas educacionais.
Hoje, eu percorro o colégio e muita coisa mudou, afinal, a busca por excelência exige desenvolvimento contínuo. Mas fica aqui o meu agradecimento ao Seu Zé, que é uma constante. A certeza de que ao chegar na Portaria, ele me receberá.
Um obrigado a todos os professores também – não vou citar nomes porque posso me esquecer de alguém.”
Vitor Sandrin Cordeiro, ex-aluno, hoje estagiário na área financeira do colégio.