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06/12/2022

Alunos do 9º ano se despedem do Ensino Fundamental com projeto que os convida a olhar para si e para o outro

Quando pensamos na bagagem educacional que cada pessoa carrega consigo, inevitavelmente focamos nos conhecimentos adquiridos em sala de aula. Contudo, no Colégio Pentágono, a formação do aluno vai muito além disso, ela passa, principalmente, pela formação do indivíduo. 

Um período importantíssimo para esse processo é o Ensino Fundamental – Anos Finais, quando os alunos, no auge da adolescência, começam a consolidar suas opiniões, anseios, personalidade e autonomia. Por isso, os Projetos Integradores desse segmento levam todos o nome de “Identidade”. 

Ao longo do 6º, 7º e 8º ano, os estudantes passam pelo processo de despertar para o reconhecimento da responsabilidade que possuem sobre si, sobre o outro e sobre o mundo, e refletem sobre as mudanças físicas, sociais e emocionais que marcam essa fase da vida. Já no 9º ano, é a hora de se reconhecerem como parte de um grupo, por meio do projeto “Identidade e Olhares”. 

O Projeto Integrador do 9º ano 

“Identidade e Olhares” é composto por vivências interdisciplinares, envolvendo os trabalhos em sala de aula, saídas pedagógicas para o Centro Histórico de São Paulo e o Vale do Paraíba, a produção do livro “Olhares”, com fotos de São Paulo e microcontos produzidos pelos alunos e, por fim, o espetáculo “Ver e Viver São Paulo”, que marca oficialmente a passagem dos Anos Finais para o Ensino Médio. 

“Essas vivências são fundamentais para que o aluno conheça o meio em que vive. Quando a gente vai conhecer o interior, as antigas fazendas cafeeiras, a gente compreende a origem dessa grande metrópole. É uma vivência que parte do macro pro micro”, explica André Lindenberg, professor responsável pelo Projeto. 

Daniella Molina, coordenadora do Ensino Fundamental – Anos Finais da unidade Alphaville, garante que esse projeto também é fundamental para o desenvolvimento individual e coletivo. “É uma forma de promover maior interação, autoconhecimento e traz a aquisição de autoconfiança, pois com o desenvolvimento das habilidades de atuação, cada jovem vai adquirindo uma imagem cada vez mais positiva de si”. 

Iniciado há aproximadamente 15 anos, o Projeto passou por adaptações ao longo do tempo, que refletiram, inclusive, as mudanças da cidade. “A base central do Projeto é a cidade de São Paulo, então, como a cidade se modifica, as problemáticas abordadas também vão sofrendo alterações, o roteiro vai criando novas formas, e cada turma vai elencando aquilo que tem mais apreço para poder debater, colocando a identidade deles nesse processo”, conta André. 

Uma das transformações, inclusive, se deu por questão de locação. Com a inauguração da Galeria da unidade Perdizes, o Teatro do 9º ano ganhou uma nova casa, se tornando uma das atrações mais esperadas no local durante o ano letivo. “Essa foi também uma oportunidade de explorar com os alunos os diferentes palcos e migrar para uma apresentação itinerante mais contemporânea, com vários ambientes, tornando o processo muito mais rico”, ressalta Lindenberg. 

Além das questões históricas da cidade, o Projeto é também um convite para conhecer mais sobre a vida de cada aluno. Em sala de aula, eles abordam quem são os próprios parentes e como eles chegaram até o Brasil, e, principalmente, até São Paulo, em um processo carinhosamente chamado de “A história da história”. 

“Pedagogicamente falando, esse trabalho traz um impacto muito grande no desenvolvimento da oralidade, da escrita e no aprofundamento do conhecimento histórico, social, geográfico e literário – esse último, principalmente, pois mergulhamos, também, na semana de 22″, explica Daniella Molina. 

Já para André Lindenberg, o ganho emocional está presente no ato de reconhecer-se como parte de algo. “Quando eles se desafiam, principalmente no teatro, de forma individual, mas tendo essa vivência coletiva, começa um processo de identidade comunitária, e na idade deles isso é tudo. Se sentir parte de um grupo, se reconhecer em um espaço, desenvolver esse amor pelo próximo, é fundamental para que eles construam suas próprias bases”, diz. “A gente não pode amar aquilo que não conhecemos, então é necessário ver e viver. Não adianta só estudar sobre a cidade, sobre a própria história, é preciso vivenciar essa história”, completa. 

Mais do que marcar a passagem de segmento, o projeto também reforça a sensação de continuidade. “Ritos não são finitos e eles adquirem essa percepção, pois é sempre o sinal de que algo novo está por vir. É importante vivenciar esses momentos pois promovem a sensação de continuidade dos grupos e um reconhecimento de que estão prontos para a próxima fase”, finaliza Daniella Molina.